Dial-A-Poem
Brasil
coleção moraes-barbosa e Giorno Poetry Systemscuradoria: Marcela Vieira












A versão brasileira de Dial-a-Poem resgata a obra original do poeta John Giorno em seu procedimento fundante: a leitura de poemas via chamada telefônica. A dinâmica diz respeito a uma leitura sonora permanente que dispõe, portanto, de características exclusivas da linguagem oral, cujos efeitos atuam diretamente na produção de sentido daquilo que é dito ou narrado.
O contexto, sobretudo tecnológico, da adaptação para a obra de Giorno para os nossos dias, apresenta-se sob diferenças cruciais se o compararmos ao contexto da obra original, de 1968. Hoje, não apenas naturalizamos a comunicação por telefone como estamos plenamente adaptados à condição de ouvintes, seja por meio das redes sociais, mensagens telefônicas, podcasts e audiobooks, todos esses canais propícios a fazer circular material de distintas naturezas, desde as mais informativas (como os canais de notícia e informações) até as mais efabulativas, como a literária, competência que aqui nos diz respeito.
Para Dial-A-Poem Brasil convidamos 54 poetas, artistas, pesquisadores/as e escritores/as a apresentarem a leitura de um texto ou de um poema de sua livre escolha. Nossa orientação curatorial e, consequentemente, a seleção dos/as convidados/as, guiou-se pela temática do erotismo como eixo comum. A intenção é acolher uma pluralidade de referências aptas a apresentarem reflexões ora mais ora menos explícitas de representações relacionadas ao corpo, à sexualidade, ao desejo, na tentativa de entender como essas vozes contemporâneas fantasiam, atualizam, idealizam e reinventam o erotismo, e, com ele, consequentemente, a linguagem e a performance sonora. Ora, se a sociedade se encontra em estado de permanente transformação, nada mais simbólico do que as transições da sexualidade, assunto tabu em toda sociedade, independente do seu tempo, e que estão propícios a orientar, por exemplo, direcionamentos políticos, filosóficos, psicanalíticos que patrulham e discursam sobre o tema.
Na seleção dos/as convidados/as, procuramos respeitar origens, influências, regiões, gerações e estilos dos mais distintos, uma vez que também é de nosso interesse repensar a assimilação e a expressão do tema erótico em variadas culturas, ainda que estas culturas estejam restritas ao território brasileiro (houve convites a estrangeiros residentes no Brasil, pesquisadores e poetas cujas produções podem servir de referência a uma produção literária local). Não poderíamos excluir desta versão de Dial-A-Poem Brasil as línguas indígenas, como a ticuna, a guajajara e a baniwa, dotadas de uma expressão e de uma capacidade de representação muito distintas da língua portuguesa, e, por isso mesmo, propensas a colaborar ativamente em nosso imaginário metropolitano, por vezes limitado ao que já conhece.
Dial-A-Poem Brasil pode ser acessado de qualquer telefone pelo número +55 11 5039 1344 (recomendado para maiores de 18 anos)
Com o apoio da Vivo no proejto, selecionamos alguns poemas com alcance nacional, gratuito e livre para todos as idades através do número: 0800-01-76362 ou 0800-01-POEMA
_________
Ficha técnica:
Realização coleção moraes-barbosa / Curadoria Marcela Vieira / Coordenação do Dial-A-Poem Brasil Jacopo Crivelli Visconti / Produção executiva, expografia e montagem Joaquim Pedro e Pontogor / Identidade visual e maquetes Joaquim Pedro e Pontogor / Design áudio e redes sociais Joaquim Pedro / Transporte Ivanildo José Alves e Ramon Dias / Recepção Erika Silva / Serviços gerais Joseane da Silva
EN
The Brazilian version of Dial-a-Poem is based on John Giorno’s original work and its original process: poetry readings through the telephone (at a time when telephones were considered new media). Its dynamics concern a permanent sound performance that therefore has the characteristics of spoken word, whose effects act directly on the production of meaning in what is said or narrated.
The context, especially a technological one for the adaptation of Giorno’s work for current times, presents itself with crucial differences if we were to compare it to the context
of the original work at the end of the 1960s. Nowadays we not only naturalize communication through our phones but we are also fully adapted to the condition of listeners, whether through social networks, telephone messages, podcasts and audiobooks. And all of these channels are fertile ground for circulating material of different natures, from the most informative (such as news and information channels) to the fictional ones, such as literature, a condition that concerns us for this project.
We have invited 54 poets, artists, researchers and writers to present a reading of a text or poem of their choice. Our curatorial orientation and, consequently, the selection of guests will be guided by the theme of eroticism. The intention is to welcome a plurality of references that are capable of presenting reflections sometimes more explicit about representations related to the body, sexuality, desire, and in other cases it might tend to a more discreet approach. In an attempt to understand how these contemporary voices imagine and reinvent eroticism and thus language and sound performance.
When selecting guests, we sought to respect the most distinct origins, influences, regions, generations and styles, as it is in our best interest to rethink the assimilation and expression of erotic themes in various cultures, even if these cultures might be restricted to Brazilian territory in some way (there may be invitations to foreigners who reside here, that is, researchers and poets whose production can serve, in one way or another, as a reference to the local literary production). The project includes indigenous languages, which are endowed with an expression and capacity of representation very different from our metropolitan one, and for this reason are prone to actively collaborate in our imagination, sometimes limited to what we already know.
Dial-A-Poem Brasil can be accessed from any phone by dialing +55 11 5039 1344 (recommended for those over 18)
With Vivo’s support for the project, we’ve also selected poems for a national toll free number and for all ages : +55 0800-01-76362 ou +55 0800-01-POEMA
O contexto, sobretudo tecnológico, da adaptação para a obra de Giorno para os nossos dias, apresenta-se sob diferenças cruciais se o compararmos ao contexto da obra original, de 1968. Hoje, não apenas naturalizamos a comunicação por telefone como estamos plenamente adaptados à condição de ouvintes, seja por meio das redes sociais, mensagens telefônicas, podcasts e audiobooks, todos esses canais propícios a fazer circular material de distintas naturezas, desde as mais informativas (como os canais de notícia e informações) até as mais efabulativas, como a literária, competência que aqui nos diz respeito.
Para Dial-A-Poem Brasil convidamos 54 poetas, artistas, pesquisadores/as e escritores/as a apresentarem a leitura de um texto ou de um poema de sua livre escolha. Nossa orientação curatorial e, consequentemente, a seleção dos/as convidados/as, guiou-se pela temática do erotismo como eixo comum. A intenção é acolher uma pluralidade de referências aptas a apresentarem reflexões ora mais ora menos explícitas de representações relacionadas ao corpo, à sexualidade, ao desejo, na tentativa de entender como essas vozes contemporâneas fantasiam, atualizam, idealizam e reinventam o erotismo, e, com ele, consequentemente, a linguagem e a performance sonora. Ora, se a sociedade se encontra em estado de permanente transformação, nada mais simbólico do que as transições da sexualidade, assunto tabu em toda sociedade, independente do seu tempo, e que estão propícios a orientar, por exemplo, direcionamentos políticos, filosóficos, psicanalíticos que patrulham e discursam sobre o tema.
Na seleção dos/as convidados/as, procuramos respeitar origens, influências, regiões, gerações e estilos dos mais distintos, uma vez que também é de nosso interesse repensar a assimilação e a expressão do tema erótico em variadas culturas, ainda que estas culturas estejam restritas ao território brasileiro (houve convites a estrangeiros residentes no Brasil, pesquisadores e poetas cujas produções podem servir de referência a uma produção literária local). Não poderíamos excluir desta versão de Dial-A-Poem Brasil as línguas indígenas, como a ticuna, a guajajara e a baniwa, dotadas de uma expressão e de uma capacidade de representação muito distintas da língua portuguesa, e, por isso mesmo, propensas a colaborar ativamente em nosso imaginário metropolitano, por vezes limitado ao que já conhece.
Dial-A-Poem Brasil pode ser acessado de qualquer telefone pelo número +55 11 5039 1344 (recomendado para maiores de 18 anos)
Com o apoio da Vivo no proejto, selecionamos alguns poemas com alcance nacional, gratuito e livre para todos as idades através do número: 0800-01-76362 ou 0800-01-POEMA
_________
Ficha técnica:
Realização coleção moraes-barbosa / Curadoria Marcela Vieira / Coordenação do Dial-A-Poem Brasil Jacopo Crivelli Visconti / Produção executiva, expografia e montagem Joaquim Pedro e Pontogor / Identidade visual e maquetes Joaquim Pedro e Pontogor / Design áudio e redes sociais Joaquim Pedro / Transporte Ivanildo José Alves e Ramon Dias / Recepção Erika Silva / Serviços gerais Joseane da Silva
EN
The Brazilian version of Dial-a-Poem is based on John Giorno’s original work and its original process: poetry readings through the telephone (at a time when telephones were considered new media). Its dynamics concern a permanent sound performance that therefore has the characteristics of spoken word, whose effects act directly on the production of meaning in what is said or narrated.
The context, especially a technological one for the adaptation of Giorno’s work for current times, presents itself with crucial differences if we were to compare it to the context
of the original work at the end of the 1960s. Nowadays we not only naturalize communication through our phones but we are also fully adapted to the condition of listeners, whether through social networks, telephone messages, podcasts and audiobooks. And all of these channels are fertile ground for circulating material of different natures, from the most informative (such as news and information channels) to the fictional ones, such as literature, a condition that concerns us for this project.
We have invited 54 poets, artists, researchers and writers to present a reading of a text or poem of their choice. Our curatorial orientation and, consequently, the selection of guests will be guided by the theme of eroticism. The intention is to welcome a plurality of references that are capable of presenting reflections sometimes more explicit about representations related to the body, sexuality, desire, and in other cases it might tend to a more discreet approach. In an attempt to understand how these contemporary voices imagine and reinvent eroticism and thus language and sound performance.
When selecting guests, we sought to respect the most distinct origins, influences, regions, generations and styles, as it is in our best interest to rethink the assimilation and expression of erotic themes in various cultures, even if these cultures might be restricted to Brazilian territory in some way (there may be invitations to foreigners who reside here, that is, researchers and poets whose production can serve, in one way or another, as a reference to the local literary production). The project includes indigenous languages, which are endowed with an expression and capacity of representation very different from our metropolitan one, and for this reason are prone to actively collaborate in our imagination, sometimes limited to what we already know.
Dial-A-Poem Brasil can be accessed from any phone by dialing +55 11 5039 1344 (recommended for those over 18)
With Vivo’s support for the project, we’ve also selected poems for a national toll free number and for all ages : +55 0800-01-76362 ou +55 0800-01-POEMA
Disponível de:
18/01 - 15/03/2025
Segunda a Sexta,
das 11h às 19h
Sábado das 15h às 19h
Entrada gratuita
como chegar
Travessa Dona Paula, 120 Higienópolis - São Paulo
18/01 - 15/03/2025
Segunda a Sexta,
das 11h às 19h
Sábado das 15h às 19h
Entrada gratuita
como chegar
Travessa Dona Paula, 120 Higienópolis - São Paulo