ANSIEDADE É TEMPO DANDO ERRADO  /// /     / / / // ANXIETY IS TIME GONE WRONG / /      // /       /   / //  






 








fiz el/ ficar minúscul/ com meu RAIO DIMINUIDOR. Tirei os poderes del/ com esse serum. 
leva muito tempo como se os últimos flamingos estivessem voando para sempre em direção å floresta do tempo que nunca foi gravado. nada além da memória traça o céu. um olhar que candeia debaixo das pálpebras. UMA QUIETUDE CONSTANTE E INABALAVEL.









cada joelho envolvido na umidade preserva camadas de sobrevivência nômade, o joelho crispado pra servir de apoio. cada joelho dobrado vê o que passou. o tempo é aquilo que emite - uma passagem – pra atravessar –  a gente viajou no tempo através de umas poucas linhas, marcas que não têm um padrão fluido, sem cobra, sem caligrafia. E a gente foi perdendo coisas à medida em que a gente conversa. e a gente vai perdendo coisas à medida em que escuta. e a gente fez pouco mais do que ir perdendo coisas.








A PORTA ESTÁ SEMPRE ABERTA DOS DOIS LADOS





talvez você diga que eu estava antropomorfizando. mas tenho certeza que a mente pode tomar muitas formas, e assim como as palavras são apenas uma forma de registro, a mente não se limita ao homem que fala. também esses animais tinham sido levados para longe de seu ambiente natural, e no zoológico até mesmo a orelha e o pé travam uma relação diferente















 


a coreografia consistia em quatro estudos de movimento. O primeiro era inspirado nos flamingos. Eu observava como eles escondiam a cabeça debaixo de uma asa, e adormeciam equilibrados em um pé só. Me parecia tão fantástico, essa entrega total, esse equilíbrio tão fácil em uma única perna. Eu estava tentando adormecer de pé. Me inclinar para trás parecia ser o caminho possível para mim.






já não são os mesmos quartos que te abraçam

quando as pessoas nascem elas arregaçam o mundo

a terra treme toda e se espatifa

em futuros de gravidade desconhecida

verde misturado com vermelho vira cinza

a luz vira a morte do fogo e o fogo é como uma coisa viva

as batatinhas nascem e depois viram batatas enormes

as lendas evaporam junto com seu charme

estrelas explodem crepúsculos avançam montanhas se misturam como paisagens     aguadas  

tô chapado de vida

o refrão desolado torce e retorce seu chicote










EXEMPLO DA INVERSÃO DA RAZÃO – ACHO QUE ESSE TRABALHO FOI UM EXAGERO PORQUE ME MACHUQUEI, E VOCÊ NÃO ERA UMA PONTE PARA O ABSURDO – QUE ESPÉCIE DE HOBBY É ESSE? CADÊ TEU SENSO DE HUMOR? PERDER A CABEÇA NÃO É O MESMO QUE PERDER A VISÃO






trocando de identidade com presteza ele vira sombra entre os astros & segredos pronunciados pela metade se inclinando pra virar O PEITO DESLIZANDO do avesso como se embebido em uma consciênciência dupla se movendo e condensando. Só dá pra aguentar uma vez.




/  /  mais tarde ainda estive demasiado tímido /  para alcançar ou alterar
/ o desafinado ritmo ou o instintivo tino /  do trilho desbaratado do destino / / 






constelações incongruentes de perfeição extática
muralhas espontâneas de fumaça amarela
Fonte sólida   /   carga dispersa
                   confundindo sua rota
Pic-a-bu torneira espelho de autobiografias impossíveis -  -
fratura heráldica - atravessa um ovo sem casca
  num campo de olhos de vidro.
o tempo que passou flagrado nas moitas, dormindo entre matagais e penhascos.











E é isso o que a felicidade faz. Te dá medo. OO único medo que existe. Oh, e a felicidade claro que te traz outro ponto de vista.


Músculos doendo de memória, não tão soltos como eram, enrijecendo por conta da idade e não do tesão.


A tuua demanda supera tuua reserva e cria
in-segurança.
me dê uma sem-segurança qualquer
dia desses.











Oh Escapada nunca me escape eu menti menti menti nunca vou escapar ex cabo - da Espairança - Deus vai me deixar sair assim ferido do palco das formigas até que eu ouça suas palavras & acene & aponte para o pires da lua & as fórmulas formigantes & estranhos limpadores de teto & janelas guilhotina & muitos parafusos débeis & espaços de escapalavra, janelas com fundos despencando para fora & e a lua é um torcicolo na sua nuca de cima que na realidade não passa das suas costas (Ah)











minhas chaves abrem outras portas à medida em que vou batendo na soleira
meus sonhos mudam depois de secar

o céu é diferente quando foge da cadeia da noite

primeiro cantei
depois uivei eu era o vento

depois me dobrei do peito pra baixo e ali jazia um não-coração desnudo
quem sabe amaldiçoado de tão alegre

ora, não posso nem mais carregar um piano em paz sem que a tristeza selvagem
e múltipla do universo comece a mudar de forma



 

/  / //   / VIRO A CABEÇA DEPRESSA E OLHO NA TUA CARA //    / /    / //  / VIRO A CABEÇA DEPRESSA E FALO NA TUA CARA / /  / /    /  / /