Exposições


Desde 2012, a cmb realiza exposições partindo do seu acervo e da produção artística recente. “Geometrias" foi a exposição que inaugurou o primeiro espaço da coleção e teve texto curatorial escrito por Paulo Miyada. No mesmo local, no bairro de Pinheiros em São Paulo, também foram promovidas residências artísticas para profissionais vindos de fora do Brasil.

Nos anos seguintes, as mostras abordaram o experimentalismo conceitual dos anos 60 e 70, o feminismo dos anos 80 e a produção contemporânea latino-americana, priorizando materiais impressos, audiovisuais e efêmera, além de performances e práticas híbridas.

Em novembro de 2021 a cmb abriu seu novo espaço, localizado na Vila Operária da Travessa Dona Paula, em São Paulo.


Exposição:
Until We Became Fire and Fire Us


organização: Basel Abbas & Ruanne Abou-Rahme

05 de setembro a 12 de dezembro de 2024


O projeto consiste em uma instalação multimídia com múltiplos canais de som e vídeo. Explorando formalmente a ideia de assombrações no seu conteúdo auditivo e visual e na forma como este material aparece e desaparece num determinado espaço. Às vezes aparecendo como poesia de uma voz dissonante, de uma melodia quebrada ou de flashes intensos de texto e vídeo, ou até mesmo como uma marca de uma terra proibida, de um amor proibido.


Exposição:
Preencha de acordo com suas próprias concepções:

A experiência gráfica de Tomma Wember,
Paul Wember e Johannes Cladders


curadoria Tina Merz

15 de junho a 17 de agosto de 2024


Entre os anos 1960-70, artistas, curadores e galeristas experimentaram diferentes formas de se fazer uma exposição valendo-se muitas vezes de recursos do território gráfico. O procedimento do catálogo-documento habitual foi substituído pela circulação do trabalho por si mesmo, projetando o museu para fora de suas paredes através de uma exposição portátil e volante, que podia circular pelo mundo. Os trabalhos-catálogo como uma estrutura aberta que ressituava a arte e sua relação com o público, que por adições ou subtrações eram transformados pelas mãos daqueles que algum dia o portaram.


Edival Ramosa:
Nova Construção Totêmica


org. André Pitol, 2024


“Filho de pai índio e mãe negra”, Edival Ramosa (1940 –2015) é nome incontornável da produção abstrata geométrica do Brasil, ao lado de artistas como Almir Mavignier, Rubem Valentim e Emanoel Araújo. Presente nas principais exposições brasileiras dedicadas à arte contemporânea de matrizes afro-brasileiras dos anos 1970 e 1980, além de inúmeras mostras internacionais, Ramosa ganha agora uma individual que lança novo olhar sobre sua obra, depois de duas décadas de hiato: Nova Construção Totêmica, com curadoria do pesquisador e curador André Pitol, abre no dia 23 de março na coleção moraes-barbosa e revela o potencial que Ramosa enxerga na abstração de criar um espaço artístico racializado na arte contemporânea.

a distância entre você e stanley brouwn cada vez que você se lembrar dessa sentença


org. deyson gilbert, 2023


talvez o primeiro ponto seja o de se evitar um possível equívoco: o de conceder à invisibilidade brouwniana certo contorno de corpo fechadocomo se sua negatividade fatalmente esculpisse no ar o osso de uma aparição estética transfiguradacomo se sua recusa à imagem devesse necessariamente impor aos nossos olhos o fogo-fátuo de uma hipostasia estética de halocomo se, ao se apagar as luzes de uma sala trancada repleta de gatos vivos e mortos, pudéssemos metafisicamente gritar, à revelia de todo o
sangue coagulado:

sim! sim!

aqui todos os gatos são pardos!

s.a. falando sobre s.b. em entrevista a d.g.


© igno cuypers



TERRA-PALAVRAS


Robert Smithson, Artforum 1966-73

org. Antônio Ewbank e
Wallace V. Masuko,
2013


A linguagem escultórica de Robert Smithson não se resume a objetos comumente encontrados em museus e galerias, nem a projetos de larga escala, que exploram grandes espaços fora dos centros urbanos. Ela também amarra sua produção textual, publicada principalmente em revistas de arte norte-americanas nos anos de 1960 e 1970. Com o apoio da Holt/Smithson Foundation e da coleção moraes-barbosa, Robert Smithson: Artforum 1966-73 é lançado na ocasião dos 50 anos de morte do artista, contendo todos os textos publicados nessa revista, e pela primeira vez, em tradução fac-similar. Simultaneamente, a exposição Terra-Palavras aborda o pensamento escultórico de Smithson a partir de um conjunto de peças gráficas que fazem parte do acervo da cmb.