Exposições
Desde 2012, a cmb realiza exposições partindo do seu acervo e da produção artística recente. “Geometrias" foi a exposição que inaugurou o primeiro espaço da coleção e teve texto curatorial escrito por Paulo Miyada. No mesmo local, no bairro de Pinheiros em São Paulo, também foram promovidas residências artísticas para profissionais vindos de fora do Brasil.
Nos anos seguintes, as mostras abordaram o experimentalismo conceitual dos anos 60 e 70, o feminismo dos anos 80 e a produção contemporânea latino-americana, priorizando materiais impressos, audiovisuais e efêmera, além de performances e práticas híbridas.
Em novembro de 2021 a cmb abriu seu novo espaço, localizado na Vila Operária da Travessa Dona Paula, em São Paulo.
Exposição:
I’ve Always Loved Jezebel
organização: Thiago Tannous, Pontogor e Joaquim Pedro.
10 de outubro a 09 de novembro de 2024
Em interpretações correntes, Jezebel é frequentemente descrita como a rainha que domina seu marido, persuadindo-o a fazer o mal. Essas interpretações foram relativizadas ao longo do tempo. Ao refletir sobre o personagem, Lawrence Weiner não se filiou a visões maniqueístas. Preferiu ressaltar a ambiguidade e as possibilidades de divergência entre interpretações subjetivas.
Exposição:
Until We Became Fire and Fire Us
organização: Basel Abbas & Ruanne Abou-Rahme
05 de setembro a 12 de dezembro de 2024
O projeto consiste em uma instalação multimídia com múltiplos canais de som e vídeo. Explorando formalmente a ideia de assombrações no seu conteúdo auditivo e visual e na forma como este material aparece e desaparece num determinado espaço. Às vezes aparecendo como poesia de uma voz dissonante, de uma melodia quebrada ou de flashes intensos de texto e vídeo, ou até mesmo como uma marca de uma terra proibida, de um amor proibido.
exposição:
a distância entre você e stanley brouwn cada vez que você se lembrar dessa sentença_zdb
org. deyson gilbert
abertura 2 de setembro
de 2024
talvez o primeiro ponto seja o de se evitar um possível equívoco: o de conceder à invisibilidade brouwniana certo contorno de corpo fechadocomo se sua negatividade fatalmente esculpisse no ar o osso de uma aparição estética transfiguradacomo se sua recusa à imagem devesse necessariamente impor aos nossos olhos o fogo-fátuo de uma hipostasia estética de halocomo se, ao se apagar as luzes de uma sala trancada repleta de gatos vivos e mortos, pudéssemos metafisicamente gritar, à revelia de todo o
sangue coagulado:
sim! sim!
aqui todos os gatos são pardos!
s.a. falando sobre s.b. em entrevista a d.g
Exposição:
Preencha de acordo com suas próprias concepções:
A experiência gráfica de Tomma Wember,
Paul Wember e Johannes Cladders
curadoria Tina Merz
15 de junho a 17 de agosto de 2024
Entre os anos 1960-70, artistas, curadores e galeristas experimentaram diferentes formas de se fazer uma exposição valendo-se muitas vezes de recursos do território gráfico. O procedimento do catálogo-documento habitual foi substituído pela circulação do trabalho por si mesmo, projetando o museu para fora de suas paredes através de uma exposição portátil e volante, que podia circular pelo mundo. Os trabalhos-catálogo como uma estrutura aberta que ressituava a arte e sua relação com o público, que por adições ou subtrações eram transformados pelas mãos daqueles que algum dia o portaram.
Edival Ramosa:
Nova Construção Totêmica
Nova Construção Totêmica
org. André Pitol, 2024
“Filho de pai índio e mãe negra”, Edival Ramosa (1940 –2015) é nome incontornável da produção abstrata geométrica do Brasil, ao lado de artistas como Almir Mavignier, Rubem Valentim e Emanoel Araújo. Presente nas principais exposições brasileiras dedicadas à arte contemporânea de matrizes afro-brasileiras dos anos 1970 e 1980, além de inúmeras mostras internacionais, Ramosa ganha agora uma individual que lança novo olhar sobre sua obra, depois de duas décadas de hiato: Nova Construção Totêmica, com curadoria do pesquisador e curador André Pitol, abre no dia 23 de março na coleção moraes-barbosa e revela o potencial que Ramosa enxerga na abstração de criar um espaço artístico racializado na arte contemporânea.
a distância entre você e stanley brouwn cada vez que você se lembrar dessa sentença
org. deyson gilbert, 2023
talvez o primeiro ponto seja o de se evitar um possível equívoco: o de conceder à invisibilidade brouwniana certo contorno de corpo fechadocomo se sua negatividade fatalmente esculpisse no ar o osso de uma aparição estética transfiguradacomo se sua recusa à imagem devesse necessariamente impor aos nossos olhos o fogo-fátuo de uma hipostasia estética de halocomo se, ao se apagar as luzes de uma sala trancada repleta de gatos vivos e mortos, pudéssemos metafisicamente gritar, à revelia de todo o
sangue coagulado:
sim! sim!
aqui todos os gatos são pardos!
s.a. falando sobre s.b. em entrevista a d.g.
TERRA-PALAVRAS
Robert Smithson, Artforum 1966-73
org. Antônio Ewbank e
Wallace V. Masuko, 2013
A linguagem escultórica de Robert Smithson não se resume a objetos comumente encontrados em museus e galerias, nem a projetos de larga escala, que exploram grandes espaços fora dos centros urbanos. Ela também amarra sua produção textual, publicada principalmente em revistas de arte norte-americanas nos anos de 1960 e 1970. Com o apoio da Holt/Smithson Foundation e da coleção moraes-barbosa, Robert Smithson: Artforum 1966-73 é lançado na ocasião dos 50 anos de morte do artista, contendo todos os textos publicados nessa revista, e pela primeira vez, em tradução fac-similar. Simultaneamente, a exposição Terra-Palavras aborda o pensamento escultórico de Smithson a partir de um conjunto de peças gráficas que fazem parte do acervo da cmb.
A Barganha
org. Khadyg Fares, 2022
A exposição apresenta trabalhos cujo terreno comum é o embate inerente à assimetria de forças, acordos permeados pela tensão, em que são disputadas imagens, memórias, gestos e sons. Os materiais reunidos expressam dinâmicas de poder, repetições e barganhas, e carregam marcas de um colonialismo interno e externo.
O tom que a maioria das pessoas prefere para a voz feminina é um
lá bemol abaixo do dó central
4 vídeos de Leslie Thornton
org. Cris Ambrosio, Deyson Gilbert, Frederico Filippi e Pontogor, 2022
A Medusa sorridente e bela, e não terrível e decapitada, convida à escritura e ao ressoar da voz desobediente às delimitações do gênero: cinema hollywoodiano/ cinema de autor, vídeo experimental/vídeo de massa, vídeo caseiro/vídeo profissional, imagem encontrada/imagem
original. A linguagem audiovisual de Leslie Thornton entrecruza categorias, atenua contornos, deshierarquiza, toma como O Outro a si próprio, e como Eu o Outro.
Horror Vacui
Pontogor (org.), 2022
A coleção moraes-barbosa apresenta a exposição Horror Vacui, com organização do artista e ex-bolsista do programa de pesquisa da coleção. A exposição se apresenta como um desdobramento do resultado da pesquisa de Pontogor na coleção, que investiga as diferentes manifestações do vazio na arte. “O desejo de ver é assim desviado para um convite à ação; as relações entre o que e como está sendo representado se aglutinam na produção de uma subjetividade em fazer.”*
*trecho do texto ‘The Blind Viewer’ [‘O Espectador Cego’] de Helena Vilalta.
Estado de Possessão: notas para uma estética da tortura
Cris Ambrosio e
Deyson Gilbert (org.), 2021
Para uma definição do conceito de possessão: em sentido estrito, drama ideológico instaurado no campo das consciências pelo conflito de duas ou mais entidades a conclamar, a um só instante, posse de um mesmo semblante. Em forma dilatada, categoria encruzilhada: trajeto espiritual dos seres esquartejados pelas lâminas histórico-políticas dos territórios, corpos e símbolos (demonologia dos pesos, dos passes e das posses). Em punção direta: desencontro e conciliação fraturada entre o plano das imagens, das coisas e das inclinações. Em suma: o exorcismo dos olhos contra o suor das mãos e a saliva dos cus.
Redes, Colaboração e Resistência entre Portugal e Brasil, 1962-1982
Rui Torres: Galerias Municipais de Lisboa, 2021
Ao identificar formas análogas de expressão que constituem atos comuns de resistência em Portugal e no Brasil, ainda que em tempos diferentes e em diálogo com comunidades distintas, torna-se possível observar uma intervenção social vital, promovendo uma ação poética e política, acionada por operações críticas de reinvenção da leitura e da escrita, da participação e da produção, da liberdade e da resistência.
Reté
Camilo Godoy, 2018
Reté é a palavra ‘corpo’ na língua tupi. Os Tupi viveram na atual São Paulo antes da colonização portuguesa. No âmbito da SP-Arte, o artista Camilo Godoy apresenta uma exposição que reúne materiais da coleção moraes-barbosa. Por meio desse projeto, Godoy aborda a representação do corpo humano na dança e na performance.
Acordo de Confiança
Jacopo Crivelli + Olivia Ardui, 2017
A partir do conceito de “acordo” — que em alguns casos torna-se “contrato”, com suas cláusulas e obrigações, e em outros, “pacto” implícito e informal —, a exposição se configura como um convite a uma reflexão sobre os jogos de poder e sobre os conflitos de interesse, que, desde sempre e não apenas no Brasil, regulam a sociedade e, mais especificamente, o sistema da arte.
Still Guerrilling Girls: a causa feminista nos museus de arte
Diana Dobránszky, 2016
Partindo do pressuposto de que os museus de arte deveriam apresentar em seus espaços a diversidade cultural de uma sociedade, as Guerrilla Girls defendem uma ética da representatividade em instituições culturais. Esse grupo de ativistas feministas aborda a questão da discriminação apontando para os dois principais motivos que as originam: séculos de história patriarcal e as relações de poder e dinheiro que permeiam as instituições, museus e galerias de arte.
Arte como projeto
como livro
Diana Dobránszky, 2015
Um segmento importante da coleção moraes-barbosa é constituído por folhetos, pôsteres, livros de artista e álbuns em vinil de alguns dos mais importantes artistas conceituais das décadas de 1960 e 70. Com o intuito de disponibilizar o acesso de um público mais amplo a esse material, a exposição Arte como Projeto como Livro apresenta livros, obras e vinis de Douglas Huebler, Lawrence Weiner, Robert Barry, Seth Siegelaub e stanley brouwn.
Em Xeque
Olivia Ardui, 2013
Na segunda exposição realizada pela coleção moraes-barbosa, a metáfora do jogo de xadrez é utilizada para abordar as conjunturas sociopolíticas atuais, tendo princípio do jogo como uma alusão à dinâmica de um mundo globalizado que funciona na dinâmica de um tabuleiro onde se desenrolam disputas por posições estratégicas, recursos naturais ou zonas de influência.
Geometrias
Paulo Miyada, 2012
Geometrias foi a primeira exposição da coleção moraes -barbosa em 2012. Organizada como um recorte da coleção, privilegiando obras de jovens artistas que explorassem recursos da geometria e cartografia, contou com a participação do curador Paulo Miyada em ensaio especialmente escrito a partir do tema e das obras expostas.