Massacre Verde, obra de Pontogor, parte da exposição Horror Vacui, da c mb


Programa de Textos: “Evita a parte norte-americana porque só tem televisão, ouviu?”
Cássia Hosni
A entrada das imagens em movimento nas exposições da Bienal de São Paulo, no início da década de 1970, pode ser vista como um território de conflito técnico, estético e geopolítico. Tais conflitos puderam se proliferar devido ao próprio modelo adotado pelo evento (e abandonado apenas em sua 27ª edição, em 2006), baseado nas representações nacionais, onde os países convidados custeiam o envio das obras e dos equipamentos – e têm, portanto, a palavra final sobre o que irão exibir.
Exposição:
Horror Vacui
Pontogor (org.)
A coleção moraes-barbosa apresenta a exposição Horror Vacui, com organização do artista e ex-bolsista do programa de pesquisa da coleção. A exposição se apresenta como um desdobramento do resultado da pesquisa de Pontogor na coleção, que investiga as diferentes manifestações do vazio na arte.
“O desejo de ver é assim desviado para um convite à ação; as relações entre o que e como está sendo representado se aglutinam na produção de uma subjetividade em fazer.”*
*trecho do texto ‘The Blind Viewer’ [‘O Espectador Cego’] de Helena Vilalta.
Programa de Textos:
Criação e cuidado na mistura entre corpos vibráteis /materiais
jialu pombo
O entrelaçamento entre vida e morte do qual Lygia fala é o que tenho chamado pela expressão vulnerabilidade-força: há uma força presente em um embrião que carrega informação potencial de vida, e para que tal vida venha a existir, aquilo que a carrega precisa abrir mão de sua forma, atingir o ápice de sua vulnerabilidade, e se misturar para germinar outra coisa.
Programa de Textos:
Rayban
Wallace V Masuko
São 6 ou 8 as faces de plástico, as faces iguais se opõem, as faces diferentes se tocam, os riscos são internos e os tesos fios brancos os preenchem, os eventos ocorrem nas superfícies ou ao redor delas. O centro do objeto resta incólume, silêncio rodeado de matérias.

Exposição:
Estado de Possessão: notas para uma estética da tortura
Cris Ambrosio e Deyson Gilbert (org.)
para uma definição do conceito de possessão:
Em sentido estrito, drama ideológico instaurado no campo das consciências pelo conflito de duas ou mais entidades a conclamar, a um só instante, posse de um mesmo semblante. Em forma dilatada, categoria encruzilhada: trajeto espiritual dos seres esquartejados pelas lâminas histórico-políticas dos territórios, corpos e símbolos (demonologia dos pesos, dos passes e das posses).

Durante 6 meses, Antônio Ewbank, Bruno Baptistelli, Erica Ferrari, Pontogor e Tom Nóbrega receberam uma bolsa para desenvolver suas pesquisas em intersecção com o arquivo da coleção moraes-barbosa.
